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«Porque este poeta não permite descanso: a sua força poética tem pulsão de performance, mas tem igualmente a subtileza rara de uma erudição discreta, não menos exigente. Poesia de contrastes, como de contrastes é feita a sua personalidade, que assim se manifesta: no dito e no seu oposto, no aceite e no recusado – e sempre com uma veemência que nos apanha em contrapé. Se num lado (pp.78-79) exprime em versos aparentemente tranquilos o que foi Tróia, com a Bela Helena, a sua perfeição, logo do outro nos atira à cara que Tróia já passou ( o que é verdade, em Alberto não encontramos mentiras ), que a história é isto, a festa acabou e ficou a louça para lavar…Os heróis, avisa ele, não eram ainda accionistas, mas já se adivinhava que viriam a ser / coisa / ah sim…E puxando-nos agora para a realidade que é a nossa e será a de sempre (do lado direito da página, racional, desconstruindo a narrativa fluida do lado do coração, memória mítica – abaixo com os mitos, e todos de uma só vez )
— Yvette Centeno, 17 de Junho, 2018 |