Publicado pela primeira vez em 1798, na célebre colectânea-manifesto “Lyrical Ballads”, “A Balada do Velho Marinheiro” distinguia-se no entanto da tonalidade dominante dos poemas desse volume, que é a da “linguagem da conversação”; trata-se antes, como em outros grandes poemas narrativos de Coleridge, “Kubla Khan” e “Christabel”, de uma espécie de assombração, balada enigmática de sons temerosos. Há uns anos, saiu em português uma tradução de Gualter Cunha; agora, recupera-se uma versão de 1960, de Alberto Pimenta, integrada na sua tese de licenciatura. Poucos poetas têm a erudição e a inventiva de Pimenta, de modo que a tradução, obra de ... Ler mais
«Embora eu saiba que num grande poeta o seu passado é presente e futuro, é da sua mais recente edição que pretendo falar, desta belíssima, tão intensa e comovente balada do Velho Marinheiro, de S.T. Coleridge (1772-1834), que Alberto recupera numa tradução como aquelas a que nos habitou, de excelência de domínio da língua na tradução que faz.Alberto é um erudito, como não tem havido igual nas nossas Academias, mas discreto nas aparições que faz, ao editar o seu trabalho, que pode demorar anos até que surja. A sua Arte é paciente, como se deve, nos grandes autores.Por isso me ... Ler mais